As nossa férias, durante o mês de Agosto eram passadas aqui perto, em Santa Cruz da Trapa.
Eram sempre umas férias maravilhosas: - os dias longe da cidade, quentes, secos, com noites cheias de estrelas, que eram preenchidos umas duas horas durante a manhã com estudo, na mesa por debaixo da imensa sombra da grande “Austrália”, a Acacia Melanoxylon, e todo o restante dia, com o banho no rio e todas as aventuras que os montes sem fronteiras nos davam… Ao anoitecer, invariavelmente, as cores do céu caminhavam por entre os roxos e os vermelhos e os montes ao longe viravam recorte…
Á noite sobrava o cansaço, e uma “caça ao satélite” …
Havia também um dia em que se fazia um passeio monte abaixo até às ruínas do Mosteiro. E, as ruínas, como se sabe, têm uma beleza especial. Uma advinhação de como seria, uma tranquilidade que as paredes sobrantes nos trazem, um silêncio só delas…
Mas os anos foram passando.
E a Natureza não tem dó de ruínas, e menos que ela, têm os que gostam de mexer no que está quieto e maltratam por maltratar o que à frente lhes aparece. E então ,ao encanto começou a juntar-se a preocupação e tristeza.
Até ao dia em que foi possível adquiri-las. O ano era o de 1984.
Depois, era uma vez...
uma reconstrução, e mais umas obras e mais uma manutenção.
E, os amigos vinham visitar e gostavam.
Gostavam muito.
E visitas batiam à porta e viam e gostavam.
Gostavam muito.
Assim, a próxima reconstrução já tinha destino: seria um espaço para receber hóspedes.
E, abriram-se as portas em 2006.
E com os hóspedes tem-se feito um percurso já grande; um caminho em conjunto que se pretende sempre atualizado.

E esses são quem somos: - uma família grande que gosta de "pedras" e da História e da Natureza. E, enquanto for possível, de cuidar deste Mosteiro e do seu Habitat.

Sejam bem vindos !